Histórico

A pós-graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia teve início em 1976, quando a Câmara de Ensino de Pós-Graduação da UFBA autorizou o funcionamento do curso de Mestrado em Letras (Parecer no 17/76), com três áreas de concentração: Língua Portuguesa, Linguística e Teoria da Literatura. Em 1983, após ser credenciado pelo Conselho Federal de Educação (Parecer no 416/83), passou a ser reconhecido nacionalmente e, em 1990, obteve seu recredenciamento através do Parecer no 307/90.

Após uma série de reestruturações, o Doutorado em Letras foi criado em dezembro de 1995, entrando em funcionamento em 1996. No ano seguinte, a reformulação do Curso de Mestrado em Letras (CML) e a recomendação do Curso de Doutorado em Letras (CDL) foram aprovados pelo GTC da CAPES (Of. CAA/GTC/090). Nos vinte anos que antecederam a criação do curso de Doutorado em Letras, o nosso curso de Mestrado foi o único do estado da Bahia, possibilitando a qualificação dos docentes, inicialmente, do próprio Instituto de Letras, mas também dos atuantes nas instituições de ensino superior do estado da Bahia, expandindo seu raio de atuação para o Nordeste e todo o Brasil.

Em 1996, então, criou-se o Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (PPGLL), que ofereceria dois cursos stricto sensu – o Mestrado em Letras (CML) e o Doutorado em Letras (CDL) –, avaliados com conceito 4, na avaliação 1996/1997, e dois cursos de Especialização lato sensu – o curso de Especialização em Língua e Literatura Vernáculas (CEV) e o curso de Especialização em Tradução (CET). Além dos cursos de pós-graduação, o programa dava suporte a um projeto de aperfeiçoamento de cariz interdisciplinar, o Projeto de Habilitação em Língua Estrangeira e Proficiência em Língua Portuguesa (PHP), do qual participaram, a partir de 1998, egressos do nosso curso de Mestrado. Às linhas de pesquisa originalmente existentes foi acrescentada uma nova, a de Linguística Aplicada.

Entre 1996 e 2010, até a extinção do PPGLL, a pós-graduação stricto sensu possuía três áreas de concentração. A área LINGUÍSTICA HISTÓRICA apresentava as linhas: (1) Constituição Histórica do Português, (2) Mudanças Linguísticas na România, (3) Diversidade Linguística no Brasil. A área de LINGUÍSTICA APLICADA apresentava as linhas (1) Aquisição e Ensino do Português, (2) Ensino-Aprendizagem de Língua Estrangeira e Tradução. A área TEORIAS E CRÍTICA DA LITERATURA E DA CULTURA apresentava as linhas (1) Documentos da Memória Cultural, (2) Crítica Textual, (3) Representação e Leitura. 

Além disso, durante o mesmo período, o PPGLL passou por reestruturações que visaram adequar seus cursos às novas diretrizes dos órgãos de fomento, sobretudo da CAPES. Implantou-se, por exemplo, a seleção anual, uma grade curricular mais compacta, mais flexível e com oferta anual maior e diversificada. Privilegiou-se a perspectiva transdisciplinar, o que permitiu maior integração com os outros programas de pós-graduação de áreas afins da UFBA, bem como de outras instituições de ensino superior. Ressalte-se, ainda, que as mudanças promoveram maior integração entre docência e orientação, mas, sobretudo, entre a pós-graduação e a graduação, com a instituição do Estágio Docente, realizado obrigatoriamente por estudantes bolsistas (CAPES-DS, FAPESB ou CNPq), em turmas da graduação.

A expansão do PPGLL, com o credenciamento de novos docentes, a ampliação do número de vagas anuais para dar conta da demanda resultante da implantação de novos cursos superiores na área de Letras na Bahia, bem como a expansão do Ensino Superior implementado pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), do Governo Federal, implementado a partir de 2009, resultou na recomendação de divisão do Programa, pelo CTC-ES da CAPES. Disso, resultou, na prática, o que deu origem aos atuais PPGLinC – Programa de Pós-Graduação e em Língua e Cultura – e PPGLitCult – Programa de Pós-graduação em Literatura e Cultura. 

Em consequência da consolidação do Programa, em 2010, concretizou-se o projeto de Doutorado Interinstitucional com a Universidade do Oeste do Paraná, absorvido e gerenciado pelo PPGLinC, ampliando o seu impacto para além do Nordeste brasileiro.

Inicialmente, o PPGLinC se organizou em duas áreas: 

(1) LINGUÍSTICA HISTÓRICA, com quatro linhas de pesquisa: 

(a) Constituição Histórica do Português e das demais Línguas Românicas 

(b) Filologia Textual 

(c) História da Cultura Escrita no Brasil 

(d) Variação da Língua Portuguesa e Teoria da Gramática 

(2) LÍNGUAS, LINGUAGENS e CULTURAS CONTEMPORÂNEAS, constituída por três linhas: 

(a) Aquisição, Ensino e Aprendizagem de Línguas

(b) Estudos de Tradução Audiovisual e Acessibilidade

(c) Texto, Discurso e Cultura

 

O cenário organizacional foi modificado após ampla reforma curricular realizada até 2018 e implementada em 2019.

Com o objetivo de dar maior visibilidade à diversidade teórica das pesquisas realizadas no ILUFBA e, consequentemente, no PPGLinC e flexibilizar ainda mais o Programa no que diz respeito aos limites disciplinares, realizou-se um Fórum de Avaliação do Programa, em 2017, reunindo docentes, discentes e servidores técnicos administrativos em educação, buscando discutir o Programa e propor mudanças de maneira a atender às necessidades que se impunham ao PPGLinC.

Idealizou-se, a partir desse Fórum, a estrutura curricular do PPGLinC que se encontra em funcionamento desde 2019 e que se constitui de duas áreas de pesquisa e três linhas em cada uma: 

(1) HISTÓRIA E FUNCIONAMENTO DAS LÍNGUAS NATURAIS: 

(a) Linguística Histórica, Filologia e História da Cultura Escrita

(b) Dialetologia e Sociolinguística 

(c) Teoria da Gramática

(2) LINGUAGEM E INTERAÇÃO:

(a) Aquisição de Línguas, Tradução e Acessibilidade

(b) Linguagem, Cognição e Discurso e 

(c) Linguística Aplicada

 

Considerando as novas alterações no quadro docente do PPGLinC decorrentes de aposentadorias e desligamentos, duas linhas de pesquisa da área 1 foram reformuladas em 2023: (a) Linguística Histórica, Filologia e História da Cultura Escrita passou a ser chamada Filologia Textual e Linguística Histórica; (b) Teoria da Gramática passou a se chamar Descrição, Análise e Processamento Linguístico. Além disso, nesse mesmo período foi feita uma revisão das disciplinas de todo o Programa, as quais devem entrar em vigor em 2026.

 

Em 2025, as linhas de pesquisa Descrição, Análise e Processamento Linguístico passou a ser denominada Estudos da Cognição e Processamento da Linguagem e a linha Linguagem, Cognição e Discurso passou a ser denominada Texto, Enunciação e Discurso a fim de realocar os docentes da vertente de linguística cognitiva melhorando a distribuição das orientações entre as linhas de pesquisa.

 

O curso é avaliado atualmente com nota 5 (Quadrienal 2017-2020). Tendo sido enviado o relatório da Avaliação Quadrienal 2021-2024, o Programa aguarda o resultado de sua classificação para o período.